A história por trás de Judit I, de Gustav Klimt
Atualizado: 9 de out. de 2022
Judite, uma das poucas mulheres que possui um protagonismo incisivo nos textos bíblicos. O livro de Judite compõe o velho testamento e retrata um momento conflituoso do povo de Israel, momento esse onde tropas comandadas por Holofernes conquistavam o território judeu
Judite surge como heroína onde nenhum homem mantinha a esperança da vitória. As várias simbologias presentes no texto bíblico levantaram a curiosidade não apenas dos teólogos, a narrativa foi tema de criações literárias e estéticas, uma retratação conhecida é a de Gustav Klimt: Judit I, na pintura, uma mulher bela e altiva, ornada em dourado, sustenta na mão, de forma quase imperceptível devido ao enquadre, uma cabeça de homem. Outros pintores como Caravaggio, Artemisia Gentileschi já haviam retratado a heroína mítica.
Críticos consideram o livro de Judite a-histórico, uma parábola já que seu texto indica momentos e personagens que não são conciliáveis com os dados históricos, além disso, os nomes possuem conotações alegóricas. A despeito do caráter romanesco e alegórico, chama a atenção a permanência do texto no conjunto de textos dos Deuteronômios e a prevalência da narrativa nas obras de arte, portanto, a presença de Judite no imaginário comum.
